Existe um
grupo de alcalóides (compostos vegetais com um ou mais átomos de nitrogênio,
normalmente como parte de um anel de átomos de carbono), que influenciaram
indiretamente na morte de muitas pessoas no decorrer da história, ainda devido
a acusações de bruxaria. São os alcalóides da cravagem. Indiretamente porque era o consumo desses
compostos que fazia mal às pessoas, mas como era comum culpar mulheres pelos
males da época acusando-as de bruxaria, as catástrofes em massa que acontenciam
quando os alcalóides da cravagem eram consumidos pela população eram atribuídas
à feitiçaria e as mulheres eram mortas.
Esse grupo de
alcalóides é encontrado na cravagem, um fungo que infecta cereais como o
centeio. Quando consumido, o centeio infectado provoca o ergotismo, ou seja, o
envenenamento pela cravagem. Os malefícios provocados pela cravagem são:
aborto,
provocado pela ergotamina;
distúrbios neurológicos;
letargia;
distorção dos
membros;
convulsões;
ataques apopléticos;
diarréia;
vômitos;
espasmos;
alucinações;
comportamento
maníaco;
entorpecimento
das mãos e dos pés;
sensação de
queimadura que aumenta à medida que a gangrena, resultante da circulação
reduzida, vai se estabelecendo;
Imagine só quando
uma grande plantação de centeio era infectada e abastecia uma vila inteira.
Todos sofriam com o ergotismo e presumia-se que haviam sido enfeitiçados por
alguma bruxa, geralmente uma mulher idosa com habilidades de curandeira.
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